Síndicos em dezembro: Xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente
Se você não sucumbiu até agora, relaxe e aproveite.
Você não sucumbe mais.
É fundamental termos nossa linha do tempo muito clara na cabeça. Não apenas para lembrar de onde viemos, mas para reconhecer o quanto já avançamos.
Para nós, os autoexigentes de plantão, que não aceitam nada menos que a perfeição, trabalhar na área condominial é uma verdadeira escola da vida. É aqui que você aprende que alta performance, bom senso e responsabilidade não são suficientes para te transformar no profissional de destaque que os clientes esperam.
A realidade dá tapa. E a área condominial? Dá surra!
Surra de reclamações, imprevistos e demandas que não cabem no manual. Mas também de aprendizados, elogios e momentos que fazem você querer seguir em frente.
As ondas vêm – e vêm com força. Tanto as boas quanto as ruins. A onda de reconhecimento, elogios, novos clientes e boas parcerias. Mas também aquela outra: a de insatisfações, críticas e, sim, inveja.
Essas ondas nos levantam e, às vezes, nos derrubam. E quer saber? Ainda bem.
Ainda bem porque, depois de tudo, estamos aqui. De pé. Mais fortes do que nunca. É bom olhar para trás e perceber que nenhuma das porradas – das reclamações ao sangue, suor e lágrimas – foi suficiente para nos parar. Já tropeçamos, cambaleamos e até beijamos o chão, mas levantamos. Sempre.
Ainda que às vezes seja difícil visualizar nossa trajetória completa, é importante ser paciente. O início de qualquer jornada parece nebuloso, sem grandes resultados para mostrar. Mas persista. Espere um pouco mais. Quando você olhar para trás e enxergar o quanto percorreu, a sensação será outra. Vai bater o orgulho – e uma vontade ainda maior de seguir em frente.
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É como quando você começa na academia. No primeiro sinal de bíceps mais firme ou daquele pneuzinho diminuindo, a motivação aparece. Você acorda no dia seguinte com mais vontade de calçar o tênis e ir treinar.
O prazer de notar a evolução muda tudo.
Com condomínios, é igual. Quando surgem as primeiras críticas e você percebe que já não reage como antes – que, em vez de estourar, constrói, raciocina e resolve – o jogo muda. Fica mais leve, mais motivador.
E é aí que você entende: o mercado só vai te enxergar como o puta profissional que você é, quando você se sentir assim primeiro. É uma transformação de dentro para fora.
E, depois disso, ninguém sucumbe mais. Xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente nunca mais. Nem você.
Otávio Lourenço é Formado em Administração de Empresas e Pós em Liderança e Gestão de Pessoas, é especialista em Relacionamento e Comunicação, atuando há 13 anos como síndico profissional – implantou mais de 500 condomínios neste período. Trabalha, atualmente, na empresa Advanced Síndicos.