Os Principais Problemas da Segurança Condominial
Em busca de segurança, estamos nos deparando, cada dia mais, com as pessoas migrando para condomínios horizontais e verticais. Porém, sabemos que em alguns casos, o fator “segurança” é apenas uma sensação e não uma realidade.
Infelizmente, os condomínios não se atentam a questões de segurança desde o início do empreendimento. Com o decorrer do tempo, fatalmente, surgem ocorrências como invasões, furtos, assaltos, arrastões, crimes hediondos, entre outros.
Abaixo, serão listados os principais (de muitos) problemas que encontramos na segurança condominial.
Baixo investimento na segurança do condomínio
O valor do condomínio é um dos temas mais debatidos entre síndicos e moradores durante as reuniões e assembleias. Como normalmente, a
Segurança é um dos maiores custos dentro os demais, acaba sempre sendo alvo de redução de custos e consequentemente deixando o condomínio vulnerável por conta do baixo investimento em segurança.
Para poupar custos, normalmente se tem a ideia de que apenas colocar inúmeras câmeras, sensores e alarmes distribuídos pelo empreendimento irá torná-lo seguro e gerará custo único para os condôminos. Doce engano!
Muitas das vezes em que atitudes como essa acima são tomadas, as ocorrências continuam e mais uma vez, novos investimentos terão que ser realizados.
O ideal é realizar um bom investimento com empresas especializadas, que trazem bons resultados, reduzem custos com mão de obra, equipamentos de qualidade e alterações estruturais adequadas, geram segurança de fato e que evitam a necessidade de reinvestimentos futuros por conta de falhas no projeto.
Moradores e os problemas com as normas e procedimentos de segurança
Um dos grandes problemas por parte dos moradores é acreditar que ele não seja peça fundamental no processo da segurança de onde reside e, por conta disso, é causador de inúmeras ocorrências e brechas na segurança do condomínio.
Os maiores causadores de ocorrências são moradores que reclamam da necessidade do seu cadastro, de seus visitantes e prestadores de serviços (devidamente identificados) na portaria. A sensação é que os mesmos esquecem que, após a passagem pela portaria, os visitantes têm acesso total às áreas do empreendimento e podem observar falhas e brechas no interior do condomínio, gerando informações privilegiadas para meliantes em ocorrências posteriores e até aproveitarem para furtar bens.
Uma boa e efetiva gestão de segurança é feita através da boa conduta por partes dos moradores e porteiros ao seguirem à risca o que dita as normas e procedimentos do empreendimento.
Uma boa forma de conscientizar os residentes da importância de seguirem tais diretrizes é informar sobre ocorrências decorrentes do descumprimento das normas de segurança por parte de moradores em outros condomínios, colocando informes em elevadores ou abordando durante as reuniões de condomínio.
Falta de planejamento e investimento na estrutura física de segurança
Um dos pilares que sustentam a segurança condominial é uma boa estrutura física que seja efetiva no objetivo de tornar o empreendimento e seus moradores seguros.
Em prédios antigos, os problemas com segurança eram diferentes. Por conta disso, sua estruturação não era voltada para tornar o ambiente seguro e normalmente possuem portarias internas, tornando-o ainda mais vulnerável. Daí, normalmente, a necessidade de grandes mudanças estruturais e novas construções, aumentando o custo do projeto e deixando a realização do mesmo menos atrativa para os que ali residem.
Nos novos empreendimentos, a situação muda de cenário, mas ainda de forma pouco significativa. Durante o desenvolvimento do empreendimento, as incorporadoras e arquitetos se preocupam mais com o fator estético e deixam a segurança para o final, deixando seus futuros moradores vulneráveis. Basicamente, o custo de um novo projeto visando tornar o condomínio seguro, acaba ficando na mão dos síndicos pouco técnicos, que muitas vezes ou não dão a devida atenção ao problema ou enfrentam relutância por parte dos condomínios, em vista dos custos e ter o conforto prejudicado.
Segurança Eletrônica
Muitas vezes por falta de conhecimento ou de priorização, os investimentos nesse setor são realizados de maneira inadequada ou insuficiente. E mesmo quando são feitos de forma adequada, nem sempre a manutenção dos equipamentos é realizada corretamente e com recorrência, reduzindo sua efetividade e, em alguns casos, até mesmo inutilizando-os.
Um bom sistema de segurança eletrônica em um condomínio deve prever, no mínimo, os seguintes itens:
1) Sistema de CFTV (Câmeras): com gravação local e remota: deve ser ostensivo e cobrir, no mínimo, todos os acessos ao condomínio, perímetro, garagem, elevadores e principais pontos de circulação.
2) Sistema de alarme: sensores nos muros, grades e ambientes internos devem ser monitorados para inibir e detectar eventuais tentativas de invasão. Cercas elétricas e sensores infravermelhos ativos e passivos monitorados são dispositivos comumente utilizados.
3) Sistema de controle de acesso: tanto o acesso de pedestres, quanto de veículos deve ser feito através de sistema de controle de acesso específico, visando identificar biometricamente e controlar a circulação no interior do condomínio. Todos os fornecedores e prestadores de serviços devem ser devidamente cadastrados com registro de foto e documento, assim como controle de entrada e saída.
Rotina de Treinamento do Corpo de Segurança e Conscientização dos Moradores
O processo de treinamento e conscientização sobre segurança deve ser contínuo, com planejamento no mínimo anual. Muitos condomínios fazem uma boa implantação do sistema de segurança, mas ao longo tempo, deixam o sistema “cair na rotina”, gerando falhas que aumentam a vulnerabilidade do condomínio.
Se a equipe de segurança for terceirizada, é importante cobrar da empresa responsável um planejamento anual de treinamento dos funcionários. Em caso de substituição, os novos funcionários devem estar devidamente capacitados para assumir as novas funções, passando por um processo de integração. Nas reuniões e assembleias do condomínio deve ser reservado um bom tempo para tratar de segurança e frequentemente divulgar comunicados conscientizando sobre a importância do tema.
Conte com sempre com especialistas!
Os Principais Problemas da Segurança Condominial
*Eytan Magal, é sócio-fundador da ABSEG (Associação Brasileira de Profissionais de Segurança) e certificado pela ASIS International (American Society for Industrial Security) como CPP (Certified Protection Professional), a maior certificação internacional de segurança.
Atualmente é Consultor Master de segurança e gestão e sócio-fundador na Eytan Magal – Risks & Security Solutions.
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