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Organização mental e o novo ano

 

Você já se organizou para novo ano? Acredito que como tantos outros síndicos do mercado você deve ter estabelecido muitas metas, do tipo: Esse ano quero fechar com número x de condomínios… Esse ano irei fazer vários cursos, pois preciso me qualificar! Preciso definir um perfil de condomínios, pois quero criar uma identidade no mercado para determinado nicho de empreendimentos. E lógico que não poderia faltar na lista, os projetos dentro dos condomínios que demandam muito foco e disciplina, até porque um bom gestor condominial, deve sempre apresentar resultados anualmente a massa condominial.

Mas minha pergunta, que acaba sendo uma provocação, antecede essas metas aqui citadas, pois para esse tipo de demandas, entendo que para termos nossas metas alçadas, existe uma primícia que vem da organização psíquica, sendo necessário nos organizarmos mentalmente, através do treino para o olhar e a escutar, e assim não sermos contaminados pelas contingências de fatores externos, que podem prejudicar a organização de nossos projetos e metas.

Aprecio o poema escrito pelo Walter D. Wintle, que diz: (…) o sucesso começa pela intenção da gente e tudo se determina pelo nosso espírito.

Para nos organizamos, é necessário termos claro qual nossa intenção. Petry Jacob defende que a pobreza não precisa de planos nem de ajuda, pois é atrevida e implacável. A riqueza é tímida, precisa ser conquistada.

Quanto à determinação do espírito, acho interessante esse apontamento, pois esse detalhe é fundamental para organização das metas e isso remete a literatura infantil, especialmente ao conto da “Branca de Neve”, com um olhar voltado para o comportamento da madrasta, na frase memorável: Espelho, Espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?

Na versão contada pelos irmãos Grimm em 1812, a vaidade excessiva do personagem da “Madrasta Má” desencadeou ações danosas que culminaram em sua morte.

Talvez você esteja se perguntando o que tem a ver, um conto infantil, com organização mental? Pois é, tudo! Afinal. inúmeras vezes nos perdemos internamente, pelo simples fato de potencializar excessivamente as virtudes de outras pessoas, os problemas diários e principalmente alimentar nosso ego. E como consequência, acabamos nos anulando como pessoas e profissionais, pois não enxergamos nossas virtudes, culminando na falência de nossos projetos.

No conto, o que incomodava a madrasta, era a existência de outra mulher mais bonita do que ela, e por isso, sua inquietação todos os dias, realizando a mesma pergunta ao espelho.

E aqui faço um paralelo novamente a essa literatura infantil, que possui inúmeros ensinamentos. Se você tivesse espelho mágico, qual seria a sua inquietação diária? O que te atrapalha para se organizar e colocar em prática seus projetos? O que tem sugado sua energia?

Como a madrasta, às vezes somos repetitivas com nossos problemas e principalmente potencializando as falas de “espelhos”. Aqui fica evidenciado como devemos ter treino para nosso olhar e escuta, para não sermos traídos pela nossa vaidade interna. E cito outro ponto que entendo ser importante. Muitas vezes,  vivemos relacionamento profissional tóxico dentro dos condomínios, sendo sugada toda nossa criatividade, motivação, e produção, porém relutamos em sair, tão somente por uma questão de vaidade, com pensamentos limitantes do tipo: O que os outros vão pensar de mim, quando souberem que eu renunciei? Não vou dar esse gosto a oposição! Esse condomínio é importante. Cuidado!

Organização mental e o novo anoTodas essas afirmações e questionamentos, devem ser analisadas com cautela, afinal nenhum condomínio pode ser mais importante que sua saúde mental. Oposição pode ser farol de nossas deficiências, que por conta de nossa vaidade, não permitimos ficar no papel de escuta. E jamais entremos na prisão, sobre a perspectiva do olhar e julgamento do outro. Caetano Veloso, descreve bem a esse respeito, em sua música Dom De Iludir, “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

A organização psíquica ocorre com leveza, sem rigidez e exigência de sucesso, e principalmente respeitando os próprios limites, mas com vontade enorme de produzir e vencer.

Quando nos permitimos seguir a carreira almejada, viver onde e como aspirarmos, e escolhermos o parceiro mais adequado à nossa personalidade, a felicidade é facilmente encontrada.

Destaco atenção para sintomas como: insônia, alteração de apetite e oscilações de humor com frequência, não devendo jamais ignorar. Lamentavelmente se fala pouco a esse respeito, sendo extremamente danoso à saúde física e mental, refletindo em perda de criatividade, humor, motivação e principalmente na forma de organização interna.

A sindicatura demanda de força psíquica, pois os desafios são muitos e cobranças diárias, sendo recomendável acompanhamento psicológico, realização de atividade física e ter uma vida sociável.

Petry Jacob afirma que para mudarmos nossas condições externa, temos de mudar as causas internas, que criam essas condições.

*Jailma Araujo Brito é psicóloga e também é conhecida como “Síndica fora da caixa”. Trabalha como síndica profissional desde 2002.

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