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O coração leve de um síndico

O coração leve de um síndico

 

Em meu artigo anterior eu terminei falando sobre a humanidade de que o síndico deve estar investido em seu papel de líder e também sobre a sua importância para o crescimento  profissional. Agora, aqui neste artigo, pretendo levantar reflexões sobre o “como” desenvolver isso partindo de uma experiência que vivi.

“Não basta ser excelente no que faz: é preciso ser ético e humano.

Um condômino que estava com problemas sérios com um vizinho me enviou a frase acima e junto com ela uma mensagem de agradecimento pela atenção que recebeu em uma de nossas conversas.

Ele disse que percebeu que fui ética e humana e que isso foi muito importante para ele, mas também foi importante para mim. É difícil as pessoas reconhecerem seus erros e é mais difícil ainda elas darem feedbacks como esse, que cria vínculos, o que é algo que está escasso no mundo dos condomínios.

Outra percepção minha é que não se fala mais em “ceder” atualmente, pois as pessoas querem fazer valer a sua voz. Na era da informação que estamos vivendo é comum alguns pensarem que a harmonia da vida em sociedade depende de termos nossa opinião ouvida e atendida.

Porém, os interesses individuais não podem se sobrepor aos da coletividade e o síndico precisa sempre lembrar seus condôminos sobre isso. Parece algo muito simples, mas é simples apenas quando usamos a razão, e a racionalidade também pode ser algo bastante escasso em alguns condomínios e em muitas relações humanas hoje em dia.

Isso, é claro, também vale para o síndico, não podemos nos esquecer “a que” viemos. Vestir a camisa e inclusive o sapato do síndico não é para qualquer um mesmo, inclusive é o que nós síndicos mais escutamos de quem não é síndico. A fala por trás de “você é louco”, “eu não faria isso nem por um milhão de dólares” na verdade é a de que somos verdadeiros heróis nessa selva de pedra que são os condomínios! Queremos ter uma vida boa e sermos bem sucedidos, é verdade, mas nunca devemos deixar de lado a importância de sermos humanos e éticos acima de tudo.

Manter a integridade e responsabilidade em cada ação nossa tem muito valor. E não deve ser só com o trabalho em si, mas com os colegas de profissão, fornecedores e funcionários que nos rodeiam. E melhor ainda é sermos reconhecidos por isso. Nunca devemos deixar de lado nossos valores para atender qualquer vaidade ou vontade alheia ou mesmo a nossa própria. É preciso lembrar disso todos os dias para que isso não enviese nossas decisões como líderes e nossas ações no meio profissional.

Assim, convoco vocês para uma reflexão de como você, síndico, se posiciona no mercado e também como gestor de condomínios.

sindicoO coração leve de um síndicoComo empresa de sindicatura profissional existem diversos caminhos a serem tomados para definir este posicionamento pois, inclusive, são vários os formatos de operação possíveis nesse segmento.

Sempre pensei e construí meu caminho de forma que quem eu sou, o que eu estudei e estudo, que papéis eu já tive e tenho hoje em minha vida, sejam no âmbito pessoal ou profissional, é o que eu de fato “vendo” para os condomínios. Quem eu fui e quem eu sou importa, o que eu fiz e o que eu faço importa e principalmente como eu faço o meu trabalho importa. Na minha visão, isso é ser humano.

Empresas são feitas de pessoas. Dizer que uma empresa de gestão de condomínios está há 10, 15 ou 20 anos no mercado e que um síndico tem 10, 20 ou 30 condomínios não é fundamental para que exista uma entrega efetiva de resultados, mas sim como o trabalho é feito no fim do dia, isso é o principal.

Pessoas querem trabalhar com pessoas. Vejo que o mercado condominial está valorizando muito o profissional que se apresenta como humano além de experiente e que acima de tudo seja ético além de técnico.

O síndico é uma figura importante que deve colaborar positivamente nas micro sociedades que são os condomínios. Nós, como líderes, temos um papel muito importante que não pode ser resumido ao que nos define o estereótipo do nome: “Síndico”.

Uma gestão humanizada sem perder a firmeza que o cargo exige é o que eu chamo de ser justo. O profissionalismo vem daí: trabalhar com todas as ferramentas que a gente tem paraentregar o melhor na condição que a gente tem enquanto não podemos fazer melhor ainda -parafraseando o filósofo Mário Sérgio Cortella.

E para isso acontecer precisamos sempre nos guiar para agir em nosso dia a dia de forma que seja bom para a vida da coletividade, mas que não seja ruim para nós mesmos. O cuidado conosco em primeiro lugar é o mais importante no fim das contas. Só assim é possível fazer o resto.

Valorizando a nós mesmos, nos desenvolvendo como pessoas acima de tudo e não apenas o lado profissional ajudamos o nosso mercado a crescer e a colheita será crescermos juntos com ele.

Coração leve e uma vida melhor: é o que teremos se o nosso investimento for no rumo certo, isto é, de cuidar antes de mais nada do que queremos ser por dentro. <3

Por Betina Soldatelli* é síndica profissional certificada, psicóloga, pós graduada em Gestão de Marketing pelo Insper e pós-graduanda em Psicologia Positiva, Ciência do Bem-Estar e Autorrealização pela PUCRSONLINE.

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