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Como abordar a inadimplência condominial da maneira correta

A inadimplência condominial em São Paulo tem se mostrado um desafio crescente, que vai além da mera crise econômica, adentrando também o campo emocional para síndicos e moradores. Este panorama é exemplificado pela história de Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, que, segundo relatos, encontraram-se temporariamente vivendo no McDonald’s do Leblon, no Rio de Janeiro, devido a circunstâncias adversas.

A situação de Susane e Bruna é um retrato vívido das dificuldades enfrentadas por muitas famílias brasileiras, pressionadas por dívidas e incapazes de manter o pagamento das taxas condominiais, acabando em condições de vulnerabilidade extrema. A discrepância nas informações sobre o tempo de estadia no McDonald’s e a relutância em discutir os detalhes de sua situação destacam a complexidade da inadimplência e suas consequências humanas.

Para os síndicos profissionais, o caso de Susane e Bruna ressalta o desafio emocional de recorrer à justiça contra apartamentos inadimplentes. Imaginar o destino de famílias que podem não ter para onde ir após o despejo adiciona uma camada de tristeza e responsabilidade ao papel do síndico. Afinal, cada decisão de acionar a justiça contra um morador inadimplente carrega o peso de potencialmente desalojar uma família de seu lar.

A inadimplência, portanto, não se resume a uma questão de números e finanças; é também uma questão de empatia e compreensão. Síndicos, ao equilibrarem as necessidades financeiras do condomínio com as realidades humanas dos moradores, encontram-se em uma posição delicada. Estratégias como negociação flexível, comunicação transparente e iniciativas de educação financeira podem ajudar a mitigar o problema, mas o desafio emocional permanece.

O caso de Susane e Bruna, embora ocorra no Rio de Janeiro, serve como um lembrete poderoso para comunidades condominiais em São Paulo e em todo o Brasil. Ele destaca a importância de abordar a inadimplência com uma mistura de firmeza administrativa e sensibilidade humana, reconhecendo que, por trás de cada caso de inadimplência, há uma história pessoal complexa.

Síndicos e administrações condominiais devem, portanto, buscar soluções que protejam os interesses do condomínio, ao mesmo tempo em que oferecem compaixão e compreensão às famílias em dificuldades. Neste contexto, o papel do síndico transcende a gestão financeira, tornando-se também um exercício de liderança compassiva e responsabilidade social.

 

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