7 dicas sobre terceirização em condomínios
Cada vez mais empreendimentos optam pela terceirização de mão de obra no local. Afinal, seja o condomínio pequeno ou grande, o cuidado que se deve dispensar aos colaboradores é sempre uma enorme responsabilidade.
Hoje, o SíndicoLab lista aqui sete dicas de como escolher bem a empresa de terceirização do seu condomínio.
1 – Não escolha apenas por preço
É claro que o preço da empresa deve caber no orçamento do condomínio. Também não é verdade que o preço mais caro é, necessariamente, a melhor opção.
Porém, todos que trabalham no setor têm as mesmas obrigações para pagar. “Coisas simples, como fundo de garantia, férias, salário, horas extras, benefícios, taxa de administração. São custos que todas as empresas so setor têm, e que devem honrar”, aponta Clovis Keller, diretor-executivo da RS Terceirização.
Por isso, outra dica importante, no momento do orçamento é pedir uma planilha aberta dos custos.
2 – Planilha aberta dos custos é fundamental
É com este documento que o síndico terá mais fundamento para comparar os diversos orçamentos recebidos para o mesmo serviço.
“Com a planilha aberta a gente percebe rápido quando há discrepâncias e fica fácil entender quando um preço está muito abaixo do mercado e o porque”, explica Rafael Bernardes, co-fundador do SíndicoLab e síndico profissional.
Além dos custos mensais e da taxa administrativa, também é importante que na planilha estejam expressos itens como: uniforme, material de trabalho, segurança e saúde do trabalho, equipamentos.
“Vale ressaltar que, por exemplo, uniformes e material de trabalho não chegam a 3% do cobrado”, pontua Clovis.
3- Precificação do serviço terceirizado
Entender como os valores devem ser distribuídos em uma empresa saudável e competitiva faz toda a diferença também.
“Aqui na RS, geralmente 70% do que cobramos vai para salários e encargos, benefícios correspondem a 25% e uniformes, insumos e taxa administrativa somam 5%”, exemplifica Clovis.
Esse dado é importante porque ajuda a esclarecer o motivo dos preços serem tão similares em empresas com o mesmo perfil.
“Se uma terceirizadora está pagando apenas 10% de benefício, já fica entendido que algo ali não está certo”, pesa Rafael Bernardes.
Esse tipo de cuidado é fundamental, pois o condomínio segue sendo responsável pelos pagamentos de tributos, encargos, benefícios e tudo o mais que não for pago corretamente por parte da empresa para o funcionário.
Confira a média dos preços dos serviços atualmente, na cidade de São Paulo:
- Portaria: R$ 20.500,00
- Limpeza: R$ 4.500,00
- Zelador: R$ 6.800,00
4 – Se certifique sobre o que acontece com faltas
Atualmente enfrentamos uma nova onda de coronavírus. É fato que a grande maioria dos colaboradores está vacinada, e que os clientes não devem sofrer com uma onda de faltas.
Mas vale dizer que isso ocorreu, no começo do ano.
“Em uma semana tivemos que contratar 400 pessoas, só para cobrir faltas. Não é qualquer empresa que cconta com essa estrutura para atender adequadamente todos os clientes quando surge um problema como uma cepa nova de gripe ou de covid”, assinala Clovis.
Por isso, antes de contratar, se certifique que a empresa conta com robustez para fazer frente a esse tipo de situação.
5- Situação da empresa
Conferir a documentação da empresa é fundamental antes da contratação. Veja abaixo o que a empresa deve apresentar para você conferir!
– Registro da JUCESP (Junta Comercial de São Paulo);
– Contrato social da empresa: aqui é importante verificar se a empresa tem capital suficiente para pagar uma eventual cobrança trabalhista;
– Processos trabalhistas: difícil que uma empresa terceirizada não esteja respondendo a processos na esfera trabalhista, porém é importante entender os motivos das ações;
– Checar o CPF dos sócios, para entender se há pendências nos seus nomes.
6- Acompanhando os pagamentos mensais
Vale dizer que, geralmente, quem faz o acompanhamento mensal junto à terceirizadora, para saber se está tudo sendo pago corretamente, é a administradora.
É a empresa quem deve checar se as horas extras, fundo de garantia, adicional insalubridade, salário, encargos, tudo isso, está sendo pago corretamente.
“Só com esse levantamento feito, e com a nota fiscal em mãos, é que a administradora dá o ok para o pagamento do fee mensal”, ensina Stefan Jacob, síndico profissional e CMO do SíndicoLab.
7- Um contrato bem amarrado
É fundamental que um contrato claro referende o acordo entre condomínio e terceirizadora.
“Sempre peço para deixar claro não apenas o número de funcionários e seus postos, mas também as responsabilidades da empresa no que diz respeito a faltas e treinamentos. Também costumo deixar claro o índice de reajuste dos serviços”, aponta Stefan.
7 dicas sobre terceirização em condomínios